Sprint elétrica em Phillip Island relança o Mundial e deixa Quartararo em destaque com volta recorde
A MotoGP deu espetáculo em Phillip Island. Marco Bezzecchi levou a melhor na Sprint deste sábado, num dia em que Fabio Quartararo já tinha incendiado o paddock com uma pole de recorde. O guião para domingo ficou mais imprevisível — e é exatamente assim que os fãs gostam.
A vitória de Bezzecchi na Sprint, somada à pole histórica de Quartararo, embaralhou as contas. O italiano confirmou o momento de forma; o francês devolveu à Yamaha um sábado de afirmação. A corrida principal promete decisões ao centímetro na reta da meta e travagens no limite na Honda Corner.
O arranque da Sprint foi um instantâneo de Phillip Island: vento cruzado, asfalto frio e coragem sem desconto. Bezzecchi saltou para a frente cedo e, quando Raúl Fernández ameaçou, respondeu com voltas limpas e constantes. Pedro Acosta segurou o pódio com maturidade de veterano, enquanto Jack Miller alimentou o entusiasmo caseiro sempre que apareceu no ecrã gigante.
Quartararo não converteu a pole em pódio no sprint, mas o essencial ficou claro: ritmo de volta rápida existe, e a Yamaha reencontrou oxigénio numa das pistas mais rápidas do calendário. Do outro lado da balança, Francesco Bagnaia teve um sábado cinzento, a lembrar que em Phillip Island um pequeno erro vira tempestade — sobretudo quando o vento sopra diferente de curva para curva.
Nos bastidores falou-se tanto de pneus como de coragem. A escolha dianteira foi um quebra-cabeças para metade do pelotão; quem acertou cedo ganhou margem para respirar. Bezzecchi explicou que “não havia muito a inventar: era ser suave na Lukey Heights e agressivo a sair para a reta”. Quartararo admitiu que arriscou na Sprint para testar soluções de domingo — e que não voltará a repetir certas afinações.
O cenário faz o resto. O mar ao fundo, as gaivotas teimosas e aquela luz amarela de fim de tarde criam o postal clássico de Phillip Island. Entre fotografias e telemetrias, as equipas afinam a última vírgula: menos arrasto na carenagem, traseira um ponto mais alta, mapa de motor ligeiramente mais cheio na saída da Stoner Corner. Amanhã, quem casar melhor a borracha com o vento leva vantagem.
Para os adeptos portugueses, o despertador terá de tocar cedo. Mas vale a pena: com Bezzecchi em embalo, Quartararo motivado e Acosta sempre à espreita, o Grande Prémio da Austrália chega à grelha com o melhor que o Mundial tem — talento, risco e aquela sensação de que tudo pode acontecer na última volta.
Veja também:
• Portugal Football Summit arranca com Ceferin e Roberto Martínez
• Espanha alerta para risco de apagão; UE recomenda kit de 72 horas
Fonte oficial:
• MotoGP