Washington e Pequim alinham princípios para travar nova escalada tarifária
Acordo comercial EUA–China. Washington e Pequim avançam para um framework de acordo comercial antes do encontro Trump–Xi, com o objetivo de travar uma nova escalada tarifária e estabilizar mercados. Acordo comercial EUA–China é o foco das equipas negociais, que sinalizam convergências em matérias sensíveis como terras raras, agrícolas e tecnologia.
Negociadores norte-americanos e chineses fecharam um entendimento de princípio (“framework”) que será levado aos líderes Donald Trump e Xi Jinping nos próximos dias, à margem da sua cimeira asiática. Segundo fontes oficiais, o pacote em preparação inclui um “pause” tarifário e adiamentos nas regras chinesas sobre exportações de terras raras, em troca de maiores compras agrícolas a produtores dos EUA e compromissos em áreas como precursores do fentanil. Estas linhas gerais foram adiantadas por responsáveis em Kuala Lumpur, onde decorrerm as reuniões paralelas ao encontro da ASEAN.
Apesar de persistirem dossiers delicados — tecnologia, controlos de exportação e balança industrial — os dois lados “têm um quadro muito bem-sucedido para os líderes discutirem”, indicou o Tesouro norte-americano, acrescentando que a ameaça anterior de tarifas de 100% “fica efetivamente fora da mesa” se o entendimento avançar.
Mercados e parceiros regionais observam com atenção. Ao mesmo tempo que decorrem estas conversas, a Casa Branca anunciou acordos económicos com países do Sudeste Asiático e reforçou o foco em cadeias de fornecimento de minerais críticos, sinalizando uma estratégia mais ampla para reduzir vulnerabilidades.
Se confirmado pelos líderes, o framework deverá traduzir-se numa suspensão de novos aumentos tarifários e num roteiro para desanuviar a disputa comercial, com verificação de compromissos e calendários para medidas técnicas (terras raras, agrícola, químicos). Porém, não há ainda texto final — e divergências em exportações tecnológicas e regras de fabrico podem reabrir frentes de conflito caso falhem detalhes de implementação.
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Fonte oficial:
• Reuters